segunda-feira, 29 de abril de 2013

Aplicativos inovam aprendizado e incentivam autonomia do aluno

Na sala de aula, aplicativos para celulares, tablets e computadores são boas ferramentas pedagógicas e ajudam a desenvolver a autonomia dos alunos, afirmam especialistas em educação.
"O aluno é totalmente ativo ao usar um aplicativo, diferente de uma TV, que ele tem uma postura mais passiva. Os envolvidos no processo passam de consumidores a produtores de conteúdo, e a ter mais autonomia e criatividade, habilidades que serão demandadas no seu futuro profissional", considera Romero Tori, coordenador do Laboratório de Tecnologias Interativas da USP (Universidade de São Paulo).
Os aplicativos --programas que auxiliam o usuário em determinada tarefa-- já fazem parte da cultura do jovem e "a escola não pode trabalhar numa realidade desconectada daquela que o aluno vivencia", completa.
"O recurso digital é audiovisual e pode permitir melhor visualização e interação", analisa a professora e diretora-executiva do Instituto Educadigital, Priscila Gonsales.

Como usar

"O livro não deve ser a única fonte para o professor, no entanto os aplicativos não podem substituir uma boa metodologia de trabalho", destaca Priscila. Também é preciso constante intermediação dos educadores para garantir um bom uso dos aplicativos.
"A utilização deve ser feita de forma contextualizada com o conteúdo que se está trabalhando. Ao invés de pedir para um aluno desenhar um cartaz sobre um determinado tema, pode usar um aplicativo para desenvolver algo interessante que ele possa colocar nas redes sociais, para ser curtido pelos seus amigos", indica Tori.
Inclusive para avaliar os resultados, é importante que o professor pense quais objetivos quer alcançar e crie indicadores que permitam observar o processo educativo dos alunos como um todo.

Transpondo barreiras

"No Brasil, os professores têm certa resistência em incorporar novas tecnologias. A sala de aula ainda é o lugar de desligar o celular", afirma Rebeca Otero, coordenadora de Educação da Unesco no Brasil, que publicou um guia com dez recomendações políticas e 13 motivos para usar celular dentro da sala de aula.
Para o gerente de design do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife, H. D. Mabuse, os professores encontram dificuldades em dialogar com esses aplicativos. No entanto, o que parece um entrave pode ser uma "oportunidade de construir uma relação mais "plana" com os estudantes, e trazê-los para o papel de protagonistas dessa mudança na aula, já que eles estão mais acostumados com tal tecnologia", aponta.

Saiba Mais:

Educação - Uol

O computador na sala de aula

O profissional de hoje precisa assumir um papel de destaque que exercite um conjunto de ações críticas, reflexivas e criativas. Alguém que seja capaz de aprender, trabalhar em grupo e posicionar-se nas áreas em que convive como alguém que é resultado da sociedade do conhecimento em que vivemos. Esse profissional começa a ser formado na escola, mas sua educação será deficiente se o professor, transmissor do conhecimento, continuar adotando práticas da velha pedagogia. Exemplos nem tão recentes atestam o êxito na construção de novas competências, ampliando o potencial de conhecimento dos alunos, desde que os computadores começaram a ser utilizados como uma notável ferramenta a serviço da educação.
Os melhores colégios de São Paulo, campeões do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) introduziram o computador nas salas de aula na virada do século, mas não abandonaram as aulas de informática para seus novos alunos. Nessas aulas ensinam a utilização dos programas que serão utilizados na transmissão de conhecimento em sala de aula. Segundo cálculos do Ministério da Educação, mais de 85% dos alunos que chegam ao ensino fundamental possuem intimidade no uso do computador. Portanto, a presença do computador como máquina de jogos, pesquisa, conhecimento e relacionamentos através da rede sociais é uma velha conhecida da criança. É comum crianças ensinando a pais e avós as noções da informática.
Nesta época de reserva de matrículas para o ano letivo de 2013, pais devem ficar atentos às ferramentas pedagógicas oferecidas pelos colégio, além de bons professores. O computador não pode mais ficar restrito aos laboratórios de informática. Ele tem que estar em sala de aula, como valioso aliado do professor na distribuição do conhecimento, reforçando o processo tradicional de ensino. E as crianças agradecerão e aprenderão mais. Outra pesquisa encomendada pelo Ministério da Educação em colégios de São Paulo, Rio, Salvador, Recife e Belo Horizonte, mostra que a utilização do computador em sala de aula, a partir do ensino fundamental, aumenta em 32% o índice de aproveitamento dos alunos, o que se reflete em melhores notas.
Saiba mais:
Computador na sala de aula

Promessa de projeto inovador na educação escolar

  Em meados de fevereiro, a jovem empreendedora brasileira Bel Pesce; que aos 18 anos ingressou no Instituto de Tecnologia de Massachusetts nos EUA, morou no Vale do Silício nos últimos três anos e em maio de 2012 lançou um livro que fala sobre como o empreendedorismo pode mudar uma vida, chamado "A Menina do Vale" que obteve mais de 500 mil downloads em menos de um mês, anunciou na abertura do Startup Weekend, em Brasília, o lançamento de um produto inovador na área da educação.
  Sem revelar muitos detalhes sobre o projeto para todos criarem suas expectativas, ela apenas adiantou que ele terá um "forte componente online" e começará com cursos práticos cujos objetivos são conhecimentos de forma que possam ser aplicados na vida real e possam ajudar os estudantes a descobrir suas vocações.
Isabel ministrando uma palestra
  Quando questionaram-na sobre a semelhança com o projeto de Salman Khan (post sobre ele aqui), ela respondeu que a semelhança estaria no sentido da acessibilidade, porém, seu projeto não trabalharia com a grade curricular tradicional escolar. Ela afirmou que "O componente diferente vai ser muito prático. Não é para substituir as aulas, mas para complementá-las".
  Resumidamente, ela completa: "Eu quero criar uma escola que ensina coisas que você usa da vida real. Uma escola prática que usa técnicas de inovação para colocar problemas que acontecem em uma empresa e que não aprendemos na escola".


Fonte: Portal EBC


domingo, 28 de abril de 2013

Salman Khan: reinventando a educação

  Para quem ainda não ouviu falar de Salman Khan, não tem ideia de quanto conhecimento está perdendo. Tudo começou quando o professor americano de origem indiana, corretor do mercado financeiro e formado em engenharia, decidiu ajudar sua pequena prima de 10 anos, que tinha dificuldade em matemática. Pelo fato de morarem em cidades diferentes, Khan decidiu gravar vídeos e mandar para sua prima pela internet. Ela gostou, passou aos irmãos que passaram aos colegas que passaram aos seus conhecidos e assim sucessivamente até que as "aulas informais" foram parar em um site internacional e viraram febre ao redor do mundo, superando a marca de mais de 250 milhões de exibições.
  Mas o que estas simples aulas tinham de tão especial para conquistar tantos internautas e estudantes? Nos vídeos, Khan utiliza o computador como se fosse um quadro negro. Ele fala sobre os assuntos de maneira simples e direta, o que auxilia os estudantes a desvendar equações matemáticas, fórmulas de física e assuntos de outras disciplinas.
  Em depoimento sobre tais vídeos na disciplina de História cujo assunto era a Revolução Francesa, o estudante João Pedro afirma: “Eu assisti e quis saber mais sobre o assunto e vi os quatro vídeos sobre a matéria. É como se a gente tivesse conversando em um lugar assim, como se ele estivesse me ensinando de amigo para amigo mesmo”.
  No início de 2013, quando Khan veio ao Brasil, em um de seus seminários ele falou sobre sua ideia de educação. Sua proposta é de um diferente modelo de educação, onde o aluno assistiria os vídeos em casa e iria para a sala de aula apenas para discutir sobre tal assunto com seus colegas e  tirar dúvidas com seus professores.
  “O ponto principal é que os estudantes possam aprender no seu próprio ritmo. O maior valor é para o estudante fazer no seu próprio tempo, no seu próprio ritmo e usar a sala de aula para interação de verdade com professor e estudantes”, afirma.
  Como alguns de seus vídeos já estão disponíveis com legendas em português, não exige que o estudante tenha conhecimento avançado na língua inglesa para compreender o conteúdo dos vídeos.


Fonte: G1

sábado, 27 de abril de 2013

A EDUCAÇÃO MEDIADA PELA TECNOLOGIA


Como conviver sem o uso da tecnologia, estando ela em todos os lugares? A tecnologia é parceira do ser humano. Na escola, essa convivência torna-se problemática, pois quando docente e discente encontram-se em “níveis tecnológicos”, muito diferenciados, distanciam-se dos momentos de troca (a interação fica comprometida), tão importantes, no processo de ensino-aprendizagem, prejudicando a aquisição do conhecimento.

A tecnologia é mal utilizada por alguns alunos, como também não utilizada por alguns professores, ficando estes, “parados no tempo”, no seu tradicionalismo. A tecnologia não substitui o professor, que é quem tem na escola, a principal responsabilidade de formar cidadãos conscientes, Boff (2004, p. 99), diz que “um computador e um robô não têm condições de cuidar do meio ambiente...”, é do ser humano essa função, também a de educar, pensamos.


Professores e alunos aprendem juntos e se complementam, pois segundo Brandão (1988 p. 22) “de um lado e do outro do trabalho em que se ensina-e-aprende, há sempre educadores-educandos e educandos-educadores. De lado a lado se ensina. De lado a lado se aprende”. A idéia de ensinar parece estar perdendo-se no tempo, penso, que aprende-se muito mais do que se ensina. Atualmente, o papel do professor parece ser muito mais de acompanhar, direcionar, complementar, esclarecer e, também de aprender com o aluno, utilizando o ambiente escolar como laboratório de aprendizagem, onde aluno/professor são parceiros nesse processo. 

Cabe então ao educador auxiliar o aluno na compreensão do verdadeiro sentido que devemos atribuir à tecnologia e assim, fazer um bom uso dela, pois Oliveira (1999) diz que “a tecnologia pode ajudar a escola a levar os seus alunos a um novo nível de atuação, de concentração no exercício do intelecto, desde que sirva a metas educacionais, sem dirigi-las; a tecnologia se destina a servir, não a ditar as nossas necessidades”.


TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO
Lucia Helena Pazzini de Souza

sexta-feira, 26 de abril de 2013

'E-books são primeiro passo de uma grande revolução'

O diretor da maior editora universitária dos EUA diz que a tecnologia terá impacto comparável aos tipos móveis de Gutenberg na difusão do saber

Garret Kiely comanda a maior editora universitária dos Estados Unidos, a da Universidade de Chicago, que publica em média 300 títulos por ano, edita 60 periódicos especializados e emprega 250 pessoas. À frente de seus concorrentes, Kiely aceitou prontamente o desafio de incorporar aos negócios os avanços tecnológicos dos últimos anos. Praticamente todos os lançamentos da editora podem ser adquiridos no formato tradicional, o papel, ou no digital, o e-book. Além disso, a comunidade da editora nas redes sociais é fiel e ativa. "Hoje, esse é o meio mais eficaz de alcançar nossos consumidores", diz Kiely. Ele compara a atual mudança à revolução protagonizada pelos tipos móveis de Gutenberg, que no século XV permitiram que os livros fossem produzidos em larga escala, ampliando o acesso de homens e mulheres à cultura escrita. "O desenvolvimento dos e-books é apenas o primeiro passo desse processo. O público consumidor está sedento por novas formas de descobrir e empregar conhecimento."

Em breve, pais decidirão: dar uma pilha de livros ou um tablet aos filhos

Acervo, em formato digital, de obras voltadas a crianças e adolescentes cresce. Para educadores, leitura no dispositivo não traz prejuízos ao aprendizado. O escritor italiano Italo Calvino dizia que clássicos são os livros que propagam valores universais e despertam emoções que, a despeito do tempo decorrido desde a leitura, jamais são esquecidos. "Constituem uma riqueza para quem os tenha lido e amado", escreveu. Cientes dessa riqueza, geração após geração, muitos pais se preocupam à certa altura da vida em reunir esse tesouro em uma estante, presenteando os filhos com uma seleção dos melhores livros. A tecnologia vai adicionar, de maneira crescente, uma questão a essa tarefa: franquear aos filhos uma coleção de livros ou um tablet ou e-reader, o leitor de livros digitais (ebooks), aos quais clássicos e outras tantas obras podem ser adicionados? Sim, muitos clássicos já estão disponíveis para tablets e e-readers, muitos mais estão a caminho e o mesmo vale para obras contemporâneas que servem à formação e ao deleite de crianças e adolescentes.

A ideia de tirar o tradicional livro impresso das mãos das crianças e trocá-lo por um iPad, da Apple, ou similar pode assustar os pais. Mas não causa a mesma reação nos estudiosos. Para estes, não existem restrições para leitura na nova plataforma. "O universo digital exerce fascínio nos jovens e, com ajuda dos tablets, pode apresentar a leitura para esse público de forma surpreendente", afirma Marcos Cezar Freitas, pedagogo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O preço é também um atrativo. Superada a aquisição do próprio dispositivo (a partir de 1.700 reais, no caso do tablet, e 650 reais, para o leitor de ebook), compra-se obras de Machado de Assis e Eça de Queirós, por exemplo, por menos de 4 reias nas lojas virtuais da Apple e da Amazon. A versão impressa sai, no mínimo, pelo dobro. Na loja virtual Aldiko, para a tecnologia Android, sistema operacional que dá vida ao Galaxy Tab, há obras gratuitas – ainda em pequeno número em português, é verdade. Mas essa oferta deve crescer à medida que cresça a demanda – e vice-versa: a procura maior deve forçar a oferta de mais títulos. "A tendência é de expansão", diz Lerner, da Melhoramentos. Para quem ainda se assusta com a ideia de ver uma criança lendo clássicos próprios para a idade como A Ilha do Tesouro ou Vinte Mil Léguas Submarinas em um tablet, vale a lição de Ismar de Oliveira Soares, da USP: o que importa é o conteúdo.


Fonte:
Veja. Abril 

Universidade nos EUA lança máquina de aluguel de notebooks para alunos


Máquina disponibiliza notebooks para os alunos.

Máquina disponibiliza notebooks para os alunos
(Foto: Reprodução/Mashable)
Para evitar que seus estudantes carreguem seus notebooks em mochilas e sejam assaltados, uma universidade dos Estados Unidos implementou uma máquina que realiza o aluguel do equipamento. A Universidade de Drexel disponibiliza MacBooks 24 horas por dia para os alunos, para uso na biblioteca.
 
O maior objetivo deste projeto está em garantir a segurança de estudantes do período noturno, que, assim, não precisam levar o computador portátil de casa para o campus.
“Bibliotecas não são lugares exclusivos de livros. Esta é uma ótima oportunidade para suprir as necessidades de certo grupo de estudantes, enquanto os funcionários do local exploram novas tecnologias. Esperamos que os resultados desta iniciativa melhorem a experiência de estudo da Universidade de Drexel,”comentou Dr. Danuta A. Nitecki, responsável pelas bibliotecas da faculdade em comunicado à imprensa. O aluguel requer um cartão de identidade e pode ser gratuito se o estudante utilizar o equipamento por até cinco horas.

Quando este prazo é extrapolado, ele deverá pagar US$ 5 (aproximadamente R$ 10). Por segurança, enquanto os notebooks estão na máquina, eles recebem a carga necessária para a bateria e sua memória interna é formatada.
Além da segurança, este tipo de máquina evita que os computadores da biblioteca sejam alugados apenas com a presença de algum funcionário por perto, algo comum nos Estados Unidos. Assim os alunos têm acesso aos computadores ainda que não tenha ninguém disponível para auxiliá-los.

FONTE: Tech Tudo 

Saiba mais:
Inovações Tecnológicas: Um salto para o futuro da Educação. 
Os problemas na integração das tecnologias na Educação 
Tecnologia integrada à Educação 

 

quinta-feira, 21 de março de 2013

Inovações Tecnológicas: Um salto para o futuro da Educação.


          
          A tecnologia está em constante evolução. Novidades surgem no mercado tecnológico diariamente e a educação é uma área do conhecimento que não pode ficar de fora.  O ofício de ensinar está mudando constantemente e é preciso adaptar-se à nova forma de transmissão do conhecimento. Para isso, muitas empresas estão focando seus estudos em tecnologias  para melhorar o ensino e facilitar a vida de professores e alunos.

Acompanhe algumas inovações tecnológicas e veja como elas podem agregar ainda mais ao conhecimento dos alunos.

Lousa Digital



       Uma das inovações é a tela multitoque desenvolvida pela Super Uber em parceria com a Universidade Estácio de Sá. O Super Quadro MT pode ser usado em aulas, apresentações e outras atividades. O quadro conta com a tela touchscreen, que coloca várias funções literalmente na ponta dos dedos do profissional. Através da tela, o professor poderá apresentar e dar zoom em imagens e partes importantes de um texto ou fazer anotações sobre as imagens.
                 Além disso, é capaz de fazer desenhos livres e navegar  web, o que traz para a sala de aula um uso inovador da internet. Apesar de  moderna, a tela conta com um aprendizado fácil e pode ser usada por cada professor de acordo com as suas características na hora de dar aulas. As possibilidades trazidas pela tela são muitas ! Se ligarmos o quadro a um laptop e gravarmos aquilo que está sendo passado na tela, por exemplo, esta aula pode ser ministrada online. Pode ser dada também aos alunos que perderam a apresentação no dia, o que facilita no momento de repor um determinado conteúdo.


  Ensino a distância


                
              Para o ensino a distância, a tecnologia também progrediu. Aliar o uso da internet a grandes ferramentas que aproximam professores e alunos é uma  prática segura e de menor custo. Neste tipo de ensino, o profissional utiliza ferramentas que possibilita a conexão com os alunos de forma mais eficaz: aqui a internet desempenha um papel fundamental. O Moodle é um exemplo de sistema que facilita a vida de quem ensina e aprende a distância, já usado em várias universidades, e que pode ser adaptado às necessidades de cada instituição.
             Com ele é possível criar ambientes virtuais que podem ser utilizados tanto para aulas presenciais como a distância, sendo muito útil no ensino e no aprendizado. O Moodle é uma ótima ferramenta para alunos nas universidades interagirem com professores e colegas, recolherem informações e exercícios de determinada aula, etc.


              Seja em sala de aula, pela internet, a distância ou em anotações, o que se percebe é que a tecnologia pode trazer rapidez, praticidade e facilidade tanto para distribuir o conteúdo, quanto para uma melhor assimilação por parte dos alunos. Algumas escolas e universidades continuam se atualizando, e melhorando seus  laboratórios de informática. Já os educadores devem ficar sempre de olho nas novidades para não perderem oportunidades únicas de ligar matérias do currículo a outras novidades. As ferramentas tecnológicas, como a internet, podem ser utilizadas para agregar e ajudar tanto alunos quanto professores. O que se deve perceber é que a tecnologia não é um bicho de sete cabeças e pode ajudar todos os níveis escolares(do fundamental ao superior, público ou particular).









quarta-feira, 20 de março de 2013

Os problemas na integração das tecnologias na Educação




A escola é uma instituição mais tradicional do que inovadora. A cultura escolar vem resistindo bravamente às mudanças. O modelo de ensino focado no professor continuam a predominar, apesar dos avanços teóricos em busca de mudanças do foco do ensino para o foco de aprendizagem. Isto nos mostra que não está sendo fácil mudar esta cultura escolar tradicional, que as inovações serão um pouco mais lentas, que muitas instituições reproduzirão na esfera virtual o modelo centralizador no conteúdo e no professor do ensino presencial.

Com os processos convencionais de ensino e com a atual dispersão da atenção da vida urbana, fica muito difícil a autonomia e a organização pessoal, indispensáveis para os processos de aprendizagem à distância. O aluno desorganizado poderá deixar passar o tempo adequado para cada atividade, discussão, produção e poderá sentir dificuldade em acompanhar o ritmo de um curso. Isso atrapalhará a sua motivação, sua própria aprendizagem e a do grupo, o que criará tensão ou indiferença. Alunos assim, aos poucos, poderão deixar de participar, de produzir e muitos terão dificuldade, à distância, de retomar a motivação, o entusiasmo pelo curso. No presencial, uma conversa dos colegas mais próximos ou do professor poderá ajudar a que queiram voltar a participar do curso. À distância será possível, mas não fácil.
Os alunos estão prontos para a multimídia, os professores, em sua maioria, não. Os professores sentem cada vez mais claro o descompasso no domínio das tecnologias e tentam segurar o máximo que podem, fazendo pequenas concessões, sem mudar o que é essencial. Acredita-se que muitos professores têm medo de revelar sua dificuldade diante do aluno. Por isso e pelo hábito mantêm uma estrutura repressiva, controladora, repetidora. Os professores percebem que precisam mudar, mas não sabem bem como fazê-lo e não estão preparados para experimentar com segurança. 
Muitas instituições também exigem mudanças dos professores sem dar-lhes condições para que eles as efetuem. Frequentemente algumas organizações introduzem computadores, conectam as escolas com a Internet e esperam que só isso melhore os problemas do ensino. Os administradores se frustram ao ver que tanto esforço e dinheiro empatados não se traduzem em mudanças significativas nas aulas e nas atitudes do corpo docente.
É difícil manter a motivação no presencial e muito mais no virtual, se não envolvermos os alunos em processos participativos, afetivos, que inspirem confiança. Os cursos que se limitam à transmissão de informação, de conteúdo, mesmo que estejam brilhantemente produzidos, correm o risco da desmotivação a longo prazo e, principalmente, de que a aprendizagem seja só teórica, insuficiente para dar conta da relação teoria/prática. Em sala de aula, se estivermos atentos, podemos mais facilmente obter feedback dos problemas que acontecem e procurar dialogar ou encontrar novas estratégias pedagógicas. No virtual, o aluno está mais distante, normalmente só acessível por e-mail, que é frio, não imediato, ou por um telefonema eventual, que embora seja mais direto, num curso à distância encarece o custo final.
  Mesmo com tecnologias de ponta, ainda temos grandes dificuldades no gerenciamento emocional, tanto no pessoal como no organizacional, dificultando o aprendizado rápido. As mudanças na educação dependem, mais do que das novas tecnologias, de termos educadores, gestores e alunos maduros intelectual, emocional e eticamente; pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar; pessoas com as quais valha a pena entrar em contato, porque dele saímos enriquecidos. São poucos os educadores que integram teoria e prática e que aproximam o pensar do viver.
Os educadores marcantes atraem não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal. Transmitem bondade e competência, tanto no plano pessoal, familiar como no social, dentro e fora da aula, no presencial ou no virtual. Há sempre algo surpreendente, diferente no que dizem, nas relações que estabelecem, na sua forma de olhar, na forma de comunicar-se, de agir. E eles, numa sociedade cada vez mais complexa e virtual, se tornarão referências necessárias.

MORAN, José M. A integração das tecnologias na educação. Adaptado

segunda-feira, 18 de março de 2013

Tecnologia integrada à Educação



As tecnologias que num primeiro momento são utilizadas de forma separada, como o computador, o celular, a Internet, etc., e caminham na direção da integração, dos equipamentos multifuncionais que agregam valor e começam a afetar profundamente a educação. 

A educação esteve e continua presa a lugares e tempos determinados: escola, salas de aula, calendário escolar, grade curricular.  Antes, para aprender oficialmente, tínhamos que ir a uma escola. Hoje continuamos, na maioria das situações, indo ao mesmo lugar para aprender. Há mudanças, mas são ínfimas diante do peso da organização escolar como local e tempo fixos, programados, oficiais de aprendizagem.
As tecnologias chegaram na escola, mas estas sempre privilegiaram mais o controle a modernização da infraestrutura e a gestão do que a mudança. O desenvolvimento dos programas de gestão administrativa está mais acelerado do que os voltados à aprendizagem. Há avanços na virtualização da aprendizagem, entretanto, só conseguem arranhar superficialmente a estrutura pesada em que estão estruturados os vários níveis de ensino.

Apesar da resistência por parte das instituições, as pressões pelas mudanças são cada vez mais fortes. As empresas estão muito ativas na educação online e buscam nas universidades mais agilidade, flexibilidade e rapidez na oferta de educação continuada. Os avanços na educação a distância com a LDB e a Internet estão sendo muito significativos. A LDB legalizou a educação a distância  e a Internet possibilitou a retirada do ar de isolamento, de atraso, de ensino de segunda classe. A interconectividade que a Internet e as redes desenvolveram nestes últimos anos está começando a revolucionar, no que tange a forma de ensinar e aprender.


As redes, principalmente a Internet, estão começando a provocar mudanças profundas na educação presencial e a distância. Na educação presencial, desenraíza-se o conceito de ensino-aprendizagem localizado e temporalizado. Podemos aprender desde vários lugares, ao mesmo tempo, on e offline, juntos e separados. Como nos bancos, temos nossa agência, que é nosso ponto de referência; só que agora não precisamos ir até os terminais de atendimento o tempo todo para poder realizar transações. As escolas são este ponto de referência, mas com o auxílio das redes, podemos ter acesso aos conteúdos via internet em casa ou em outros lugares em que se pode acessar.

As redes também estão provocando mudanças significativas na educação a distância. Antes era uma atividade muito solitária e exigia muito auto-disciplina. Agora com as redes a EAD continua como uma atividade individual, porém combinada com a possibilidade de comunicação instantânea, de criar grupos de aprendizagem, integrando a aprendizagem pessoal com a grupal.

  A educação presencial está incorporando tecnologias, funções, atividades que eram típicas da educação a distância, e a EAD está descobrindo que pode ensinar de forma menos individualista, mantendo um equilíbrio entre a flexibilidade e a interação.