Como conviver sem o uso da tecnologia, estando ela em todos os lugares? A tecnologia é parceira do ser humano. Na escola, essa convivência torna-se problemática, pois quando docente e discente encontram-se em “níveis tecnológicos”, muito diferenciados, distanciam-se dos momentos de troca (a interação fica comprometida), tão importantes, no processo de ensino-aprendizagem, prejudicando a aquisição do conhecimento.
A tecnologia é mal utilizada por alguns alunos, como também não utilizada por alguns professores, ficando estes, “parados no tempo”, no seu tradicionalismo. A tecnologia não substitui o professor, que é quem tem na escola, a principal responsabilidade de formar cidadãos conscientes, Boff (2004, p. 99), diz que “um computador e um robô não têm condições de cuidar do meio ambiente...”, é do ser humano essa função, também a de educar, pensamos.
Professores e alunos aprendem juntos e se complementam, pois segundo Brandão (1988 p. 22) “de um lado e do outro do trabalho em que se ensina-e-aprende, há sempre educadores-educandos e educandos-educadores. De lado a lado se ensina. De lado a lado se aprende”. A idéia de ensinar parece estar perdendo-se no tempo, penso, que aprende-se muito mais do que se ensina. Atualmente, o papel do professor parece ser muito mais de acompanhar, direcionar, complementar, esclarecer e, também de aprender com o aluno, utilizando o ambiente escolar como laboratório de aprendizagem, onde aluno/professor são parceiros nesse processo.
Cabe então ao educador auxiliar o aluno na compreensão do verdadeiro sentido que devemos atribuir à tecnologia e assim, fazer um bom uso dela, pois Oliveira (1999) diz que “a tecnologia pode ajudar a escola a levar os seus alunos a um novo nível de atuação, de concentração no exercício do intelecto, desde que sirva a metas educacionais, sem dirigi-las; a tecnologia se destina a servir, não a ditar as nossas necessidades”.
Lucia Helena Pazzini de Souza
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